"Nós, desde o início, já processámos aproximadamente nove mil amostras" de pessoas da área de abrangência da ULS da Guarda e de outros centros hospitalares da zona Centro (Castelo Branco, Covilhã, Viseu e Aveiro), disse hoje à agência Lusa a Diretora Fátima Vale.
Segundo a responsável pelo Laboratório de Patologia Clínica da ULS/Guarda, a capacidade de resposta do serviço é de 300 amostras diárias.
"Neste momento, as coisas estão mais calmas e estamos a processar muito menos amostras. A nível nacional, as coisas estão um bocadinho mais calmas e a necessidade de testes está a ser menor. E, neste momento, praticamente só estamos a fazer amostras do distrito da Guarda", relatou.
O laboratório também está a efetuar, desde o dia 07 de maio, exames serológicos ao novo Coronavírus.
Fátima Vale referiu que o Laboratório de Patologia Clínica funciona diariamente com um quadro de 22 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, cinco técnicos superiores de saúde e três especialistas.
A ULS da Guarda (que abrange 13 concelhos do distrito da Guarda, exceto o de Aguiar da Beira, que pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde do Dão – Lafões), gere os hospitais da Guarda (Sousa Martins) e de Seia (Nossa Senhora da Assunção), e também 12 centros de saúde e duas unidades de saúde familiar (A Ribeirinha, na cidade da Guarda e a "Mimar Mêda", na cidade de Mêda), abrangendo cerca de 142 mil habitantes.
Para dar resposta à pandemia no território de abrangência, a ULS colocou em funcionamento duas unidades móveis para realização de rastreios, dois centros em regime de "Drive Thru" (um no quartel dos Bombeiros da Guarda e outro na Associação Empresarial NERGA) e quatro ADC – Áreas Dedicadas Covid (Gouveia, Trancoso, Pinhel e Guarda, tendo esta última sido desativada no dia 18 de maio).
"Até ao momento, temos cerca de dois mil testes efetuados", disse à Lusa Bruno Macedo, enfermeiro adjunto da ULS responsável pelas unidades móveis e pelos centros de atendimento Covid.
As equipas de rastreio iniciaram funções em abril e surgiram para dar resposta à comunidade nas ADC e em instituições de apoio a idosos, para situações identificadas pela Saúde Pública e pelo Serviço Nacional de Saúde.
A iniciativa revelou-se "bastante importante" no combate à pandemia, segundo o responsável.
"Tudo isto fez com que nós conseguíssemos dar resposta, muito atempadamente, a todas as situações. E quanto mais precocemente nós conseguimos identificar casos positivos, mais rapidamente há contactos, há seguimento, há depois a intervenção por parte da Saúde Púbica, há o isolamento profilático", justificou.
Na região da Guarda "há uma redução substancial" de casos, mas as equipas, asseguradas por enfermeiros, mantêm-se ativas, estando diariamente no terreno uma móvel e outra fixa.