“Vai ser possível realizar a reabertura de todos os aeroportos a partir de 03 de junho, quando se vai permitir de novo viagens entre regiões e viagens internacionais e vai acabar toda a limitação ao transporte público”, afirmou perante a Câmara dos Deputados.
A Ministra respondeu assim à pergunta do deputado da Liga Edoardo Rixi, que lamentou o encerramento de muitos terminais aéreos, tais como Milão, Linate, Veneza, Florença ou Bergamo.
De Micheli assegurou que o encerramento ou a limitação de aeroportos e de circulação de comboios durante o pior período da pandemia foi decidido para “poupar custos inúteis às empresas de transportes diante da escassa procura, já que a população permaneceu confinada”.
A Itália, com 226.699 infeções confirmadas e 32.169 mortes até terça-feira, está em pleno processo de aligeiramento de restrições devido à queda na curva epidemiológica registada nas últimas semanas.
O encerramento de toda a atividade e confinamento no país foi decretado no dia 09 de março. A 04 de maio foi permitido o regresso ao trabalho de setores como a construção ou de fabrico e desde 18 de maio foram reabertos a maioria dos negócios.
O levantar de restrições vai continuar no dia 03 de junho, quando vão ser permitidas viagens entre regiões e vão ser abertas as fronteiras a viajantes da União Europeia, que não devem ficar em quarentena, uma medida que visa salvar a temporada turística de verão.
Por isso, a partir desse dia, a ministra indicou que poderá acontecer “um novo aumento nos serviços de transporte público”.
A linha aérea italiana Alitalia adiantou hoje que a partir de junho vai retomar então as ligações com Espanha, concretamente Madrid e Barcelona, com Nova Ioque e a ponte entre Milão, no norte, o epicentro da pandemia, e o sul do país.
A crise do novo Coronavírus afetou o transporte aéreo devido ao encerramento de fronteiras de muitos países com Itália e os aeroportos do país perderam 11,5 milhões de passageiros só no mês de março, segundo a Assaeroporti, a Associação Italiana de Gestão Aeroportuária.
Esta associação prevê ainda que, apesar da reabertura, a pandemia pode desencorajar o turismo em Itália, que previa 200 milhões de passageiros este ano, mas agora acreditam que vão perder 120 milhões de turistas.