O número de casos aumentou significativamente em relação aos 37.809 registados na sexta-feira, elevando o número total de casos desde que o primeiro foi detetado no país em 21 de fevereiro para 902.490, enquanto o número total de mortes é agora de 41.063.
Este aumento no número de casos ocorre, por outro lado, com menos testes feitos, 231.673, do que esta sexta-feira
O número de pacientes hospitalizados com sintomas continua a aumentar. São agora 27.743 o número de pessoas internadas, mais 1.223 do que há 24 horas, e há também um aumento de 119 no número de pessoas admitidas em unidades de cuidados intensivos, que passa para um total de 2.634.
O colapso dos hospitais é a grande preocupação do Governo italiano neste momento e já se fazem sentir importantes dificuldades em regiões como Piemonte e Campânia.
Os meios de comunicação social italianos dão hoje conta de que as igrejas dos hospitais da região do Piemonte instalaram algumas camas para pacientes positivos.
A igreja do hospital de San Luigi em Orbassano (Piemonte) ou a do hospital Martini em Turim removeram os seus bancos para dar lugar a camas para pacientes de baixa intensidade e para dar espaço às emergências.
Maurizio di Mauro, diretor de uma das regiões de saúde de Nápoles de que depende o hospital de Cortugno, pediu aos cidadãos para que não saiam de casa e para se protegerem, a si e aos outros, porque os meios hospitalares "estão no limite".
"Estamos a fazer o impossível, ajudando doentes no interior de carros e ambulâncias em fila, o pessoal está a fazer esforços sobre-humanos, mas estamos no limite", disse Di Mauro, em declarações à agência italiana ANSA, explicando que os doentes passam até 24 horas nos seus carros à espera de serem tratados.
Por região, a Lombardia continua a ser a mais castigada, como foi na primeira vaga. Hoje registou 11.489 novos casos de contágio e 108 mortes.
Segue-se o Piemonte com 4.437 novas infeções e a Campânia com 4.309 novos casos.
As regiões norte da Lombardia, Piemonte e Vale de Aosta e sul da Calábria foram designadas pelo Governo como zonas vermelhas e colocadas sob confinamento suave, com restrições à deslocação para fora da região, e saída de casa, exceto por razões de trabalho, compras, saúde ou emergências.
Embora se mantenham abertos supermercados e empresas essenciais, fábricas e atividades como as de cabeleireiros, mas também tabacarias, farmácias e quiosques, as escolas apenas estão abertas para o ensino primário e o primeiro ano do ensino secundário.
O ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, explicou que nas próximas 48 horas serão avaliados os dados sobre os contágios por vírus SARS-CoV-19 e é possível que venham a ser alargados os confinamentos a outras regiões.
De acordo com alguns meios de comunicação, um total de até seis regiões podem tornar-se zonas laranja ou vermelha nas próximas 48 horas.