Ainda nas últimas 24 horas, os novos contágios pelo novo coronavírus no país foram 114, totalizando até à data 243.344 pessoas que estão ou estiveram infetadas com o novo vírus, de acordo com os dados fornecidos pela Proteção Civil italiana.
Também nas últimas 24 horas, um total de 335 pacientes foram dados como recuperados e curados da doença covid-19.
Desde o início da crise sanitária, a 21 de fevereiro, 195.441 pessoas conseguiram superar a doença em Itália.
Atualmente, os casos de infeção positivos e ativos no país são 12.919, menos 238 em relação a segunda-feira.
A região da Lombardia (norte de Itália) continua a ser a zona mais afetada do país, acumulando 95.173 casos de infeção pelo novo coronavírus desde fevereiro.
Numa intervenção no Senado (câmara alta do parlamento italiano), o ministro da Saúde, Roberto Speranza, afirmou hoje que Itália continua a trabalhar para tentar controlar a curva de transmissão do novo coronavírus, realçando que o risco irá permanecer até que seja encontrada uma vacina.
Como tal, o ministro voltou a incentivar a população italiana a respeitar as medidas de segurança, incluindo o uso de máscara quando o distanciamento físico não é possível ser cumprido e a higienização das mãos.
Roberto Speranza referiu ainda que o governo italiano tenciona prorrogar as medidas preventivas pelo menos até 31 de julho, o que significa que o uso de máscara vai continuar a ser obrigatório em locais fechados e que as restrições de acesso ao país para cidadãos de países fora do Espaço Schengen (espaço europeu de livre circulação) serão estendidas, ou seja, mantém-se a necessidade destas pessoas cumprirem duas semanas de quarentena.
Itália mantém igualmente a "proibição de entrada e de trânsito" para cidadãos de 13 países, que, segundo Roma, apresentam um risco grande devido ao elevado número de casos de infeção.
Esta lista, segundo indicou o ministro italiano, será atualizada "constantemente".
Os atuais 13 países são: Brasil, Chile, Panamá, Peru, República Dominicana, Arménia, Bahrein, Bangladesh, Bósnia-Herzegovina, Kuwait, Macedónia do Norte, Moldávia e Omã.
"Estamos em risco de importar de novo o coronavírus através de cidadãos de outros países ou até de italianos que regressem”, disse o ministro da Saúde, destacando ainda que o país está a dar “atenção máxima" aos migrantes resgatados no mar, que devem cumprir duas semanas de quarentena a bordo de navios italianos no Mar Mediterrâneo.
Em relação ao estado de emergência em vigor no país, que termina em 31 de julho, Roberto Speranza salientou que o governo está a estudar um eventual prolongamento, realçando, no entanto, que compete ao parlamento decidir a adoção da medida.
“Serei claro. Por enquanto, nenhuma decisão foi tomada, um Conselho de Ministros será convocado e o parlamento será o protagonista dessa decisão. Estou convencido de que o estado de emergência deve estar ligado a um período específico e limitado da nossa vida", concluiu o ministro.
Um dos países europeus mais afetados pela atual pandemia, a Itália iniciou, em maio, um plano faseado de desconfinamento da população e uma retoma gradual da atividade económica, após mais de dois meses de confinamento.
Desde que o novo coronavírus foi detetado na China, em dezembro do ano passado, a pandemia da doença covid-19 já provocou mais de 573 mil mortos e infetou mais de 13,12 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse (AFP).
C/Lusa