O governante acrescentou que este “será o parâmetro que vai fazer a diferença da sustentabilidade de milhares de empresas do país, funcionando como catalisadores do desenvolvimento e do crescimento económico”.
A região e o país, acrescentou, têm pela frente “um dos maiores desafios da governação” e será necessário “enfrentar as adversidades” colocadas à retoma da linha de crescimento económico.
“Estamos certos de que temos pela frente um caminho sinuoso”, disse, vincando que “os madeirenses e porto-santenses saberão reerguer-se depois desde surto pandémico que afetou todo o mundo”.
Pedro Calado referiu que o Governo Regional já está a trabalhar num Plano de Desenvolvimento Económico e Social para a região, um projeto que começou em 2019 e “foi ajustado à pandemia e aos seus efeitos na economia”.
“Trata-se de uma ferramenta obrigatória para apresentar junto das instâncias europeias no âmbito da discussão do novo quadro de apoios comunitários, já com o horizonte de 2030, procurando dotar a região de um instrumento orientador nos vários domínios do desenvolvimento regional”, explicou.
Para o vice-presidente, “os novos desafios exigem medidas assertivas e o envolvimento de todos”.
Por isso, “em vez de anunciar consensos e compromissos para o futuro, o Governo Regional define no presente, orientações e estratégias que permitem retomar, no mais curto prazo de tempo possível, o ritmo de crescimento” que a Madeira registava antes da pandemia.
“Este Orçamento Suplementar é também a reconfirmação da determinação do Governo Regional numa orientação estratégica, alicerçada no desenvolvimento sustentável”, disse, afirmando que estão em ‘lay-off’ na região cerca de 10.500 trabalhadores.
Em linha com as posições do executivo regional dos últimos anos, Pedro Calado criticou a postura do Governo da República em relação à Madeira em dossiês como o novo hospital, a moratória para os juros da dívida da região, o ferry entre o arquipélago e o continente, e o modelo do subsídio social de mobilidade.
O Orçamento Suplementar da Madeira estabelece um reforço de 287,7 milhões de euros face ao valor aprovado para 2020, passando de 1.743 milhões de euros para 2.030,7 milhões, de forma a fazer face aos problemas provocados pela crise pandémica da covid-19.
Quanto ao Plano de Investimento da Região Autónoma da Madeira (PIDDAR) para 2020, inicialmente orçado em 548 milhões de euros, será reforçado em 149 milhões, verba que se destina, sobretudo, a apoiar a competitividade e a internacionalização das empresas.