“Estes números devem ser lidos com prudência desde logo pelo conhecido efeito na notificação médica [que] tem a circunstância de ternos passado três dias com eventual menor atividade decorrente do facto de ser fim de semana e um dia feriado [referindo-se ao 1.º de Maio que se comemorou sexta-feira]”, disse Marta Temido.
Portugal regista hoje 1.043 mortos relacionadas com a Covid-19, mais 20 do que no que sábado, e 25.282 infetados (mais 92), segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde (DGS).
A governante falava aos jornalistas na conferência de imprensa diária sobre a pandemia de Covid-19 que habitualmente decorre entre as 12:30 e as 13:00 horas, mas que hoje teve início com cerca duas horas de atraso, cerca das 14:45.
Marta Temido justificou o atraso com “a necessidade de reverificar todos os números”.
“Houve muito poucas notificações médicas de casos nas últimas 24 horas, o que nos obrigou a rever todas as notificações laboratoriais para verificar todos os casos”, explicou.
Com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, a Ministra destacou que atualmente a taxa de letalidade em Portugal é de 4,1%, enquanto a taxa de letalidade em pessoas maiores de 70 anos é de 14,7%.
A Ministra da Saúde falou, ainda, do despacho emitido no sábado pelo Ministério da Saúde, o qual, explicou, “determina o regresso gradual e progressivo à atividade de cuidados de saúde primários e hospitais, numa lógica de acompanhamento constante”.
“Destacamos a maximização dos meios de telesaúde, a maximização dos meios para garantir que os utentes não permanecem nos serviços de saúde para além do tempo estritamente necessário e a maximização da realização de atividade assistencial quer nos domicílios ou local equiparado, mas também em ambiente de proximidade”, disse Marta Temido.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 243 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
C/Lusa