O decreto, assinado na quinta-feira pelo Governador Andrew Cuomo, prolonga o confinamento para a cidade de Nova Iorque e arredores, particularmente atingidos pela pandemia do novo Coronavírus.
A capital económica dos Estados Unidos recenseou mais de 20.000 mortes de Covid-19.
Apesar de cinco regiões pouco povoadas do estado estarem autorizadas a relançar progressivamente diversas atividades económicas a partir de hoje, ninguém sabe quando poderão reabrir os comércios, restaurantes ou teatros em particular na região de Manhattan, que atraía milhões de turistas.
“Devemos ser inteligentes”, tem assinalado o Governador eleito pelo Partido democrata, que não tem cessado de alertar contra um novo surto do Coronavírus.
“Devemos ser verdadeiramente, verdadeiramente disciplinados”, insistiu na quinta-feira o Presidente do Município de Nova Iorque, Bill de Blasio, em declarações à cadeia televisiva CNN. “Vamos avançar de forma cautelosa e progressiva”.
Apesar de um abrandamento da pandemia, com um número de mortos diários inferior a 200, as autoridades recusam confirmar o reinício da atividade escolar em setembro, deixando milhões de pais na incerteza.
De momento, esta metrópole de 8,6 milhões de habitantes está longe de preencher os critérios necessários para relançar gradualmente a economia, através de uma baixa contínua do número de hospitalizações, das pessoas em cuidados intensivos e dos testes positivos ao Coronavírus.
Perante um confinamento que se eterniza, os nova-iorquinos têm permanecido relativamente disciplinados, apesar das consequências dramáticas para centenas de milhares de pessoas privadas dos seus rendimentos, em particular entre as minorias negra e hispânica.
O Presidente do Município, também membro do Partido democrata, tem brandido o espetro de uma falência semelhante à da década de 1970, que reduziu consideravelmente os serviços públicos e fez explodir a criminalidade.
Bill de Blasio tem ainda solicitado ao Presidente dos EUA a aprovação de um plano de relançamento, elaborado pelos democratas do Congresso, que permitiria uma forte intervenção financeira, mas Donald Trump exclui até ao momento a sua adoção.
Os Estados Unidos são o país do mundo com mais mortos (85.906) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,4 milhões).