“Qualquer redução da atividade que passe por redução da frota [da TAP] devia privilegiar do ponto de vista ambiental as aeronaves menos eficientes, que são as mais velhas”, defendeu o presidente da ANAC que falava numa audição da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, em Lisboa.
Reiterando um aviso já feito pelo regulador da aviação, Luís Ribeiro sublinhou a importância de privilegiar a eficiência do transporte aéreo.
Para tal, disse, uma eventual redução da frota da TAP, devido à difícil situação financeira em que a transportadora aérea se encontra e que vai exigir uma intervenção do Estado, não deve ter como efeito a manutenção dos aviões mais velhos e menos eficientes e a devolução dos mais recentes.
“A variação da sua atividade [da TAP] tem um grande impacto na pegada ecológica da aviação nacional”, defendeu Luís Ribeiro.
No dia 10 de junho, o Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, disse que a TAP pode ter atualmente uma dimensão superior àquela de que vai necessitar nos próximos anos, sendo esta uma das condições da Comissão Europeia para aprovar apoio, admitindo uma restruturação da transportadora aérea, que pode ter consequências, por exemplo, nas frotas e nos trabalhadores.
No mesmo dia, o Estado português recebeu autorização da Comissão Europeia para apoiar a TAP num montante até 1,2 mil milhões de euros, mas, de acordo com o Ministro que tutela a aviação, o Governo conta não necessitar de mais do que mil milhões de euros até ao final deste ano.
A companhia está numa situação financeira agravada desde o início da crise provocada pela pandemia de Covid-19, com a operação paralisada quase na totalidade, tendo andado a ser debatida uma intervenção do Estado na empresa.
Numa audição na Assembleia da República, Pedro Nuno Santos adiantou que a dívida da TAP ascende a 3,3 mil milhões de euros.
C/Lusa