"É uma medida extremamente positiva para nós [Madeira] e é uma vitória da política desenvolvida pelas autoridades regionais ao nível da Saúde e do Turismo", afirmou Jorge Veiga França.
"Isto, para nós, é uma vitória, o mercado emissor do Reino Unido é muito importante para a Madeira", disse, acrescentando que os Açores também estavam de parabéns e lamentando que o Algarve não tenha sido igualmente beneficiado.
O Governo britânico retirou Portugal da lista de países seguros, com exceção das regiões da Madeira e Açores, e a partir de sábado obriga a cumprir uma quarentena de duas semanas ao chegar ao Reino Unido, foi hoje anunciado.
"Através de informação aperfeiçoada, agora temos a capacidade de avaliar ilhas separadas dos seus países continentais. Se chegar a Inglaterra vindo dos Açores ou Madeira, não precisará de se isolar por 14 dias", escreveu o Ministro dos Transportes, Grant Shapps, na rede social Twitter.
De acordo com o Ministro, a medida, que também afeta a Hungria, Polinésia Francesa e ilha da Reunião, entra em vigor às 04:00 de sábado em Inglaterra.
A Escócia já tinha excluído Portugal da sua lista de "corredores internacionais" a partir de 05 de setembro, enquanto que o País de Gales aplicou restrições um dia antes, mas manteve a Madeira e Açores isentos de quarentena.
Grant Shapps acrescentou que a Suécia vai passar a estar isenta de quarentena.
Portugal só foi incluído na lista dos países com "corredores de viagem" com o Reino Unido há três semanas, a 20 de agosto, porém o aumento contínuo do número de casos de infeção em Portugal terá pesado na decisão, que era esperada na semana passada, quando ultrapassou o nível de 20 casos por 100 mil habitantes.
Na altura, Shapps alegou que não excluiu Portugal devido à "taxa de positividade" em declínio.
Portugal contabilizou hoje 585 novos casos de infeção relacionados com a pandemia de Covid-19 e na véspera tinha registado 646, mais do dobro das registadas na terça-feira.
O índice de transmissibilidade efetivo (Rt) encontra-se atualmente nos 1,12, um valor considerado de risco.
A situação epidemiológica de Covid-19 em Portugal agravou-se desde meados de agosto, de acordo com um estudo da Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), tendo sido registadas 3.909 novas infeções entre 17 e 30 de agosto.
O arquipélago da Madeira, contudo, não regista nenhum óbito causado pela Covid-19 e, desde 16 de março, assinala 178 casos positivos, dos quais 136 são recuperados e 42 mantêm-se ativos.