"Esperamos que no final da próxima semana possamos retomar progressivamente a atividade normal" que tinha sido suspensa por causa da pandemia, disse Marta Temido na conferência de imprensa diária sobre a evolução da doença da covid-19 em Portugal.
A governante acrescentou que este reagendamento pressupõe "um conjunto de aspetos logísticos fundamentais" e que vai começar pelos casos mais prioritários.
Para a reabertura da atividade normal nas unidades de saúde será adotado um conjunto de medidas como "reforço de equipamento de proteção" de profissionais, higienização e reorganização de locais como as salas de espera.
“O que vamos fazer, nos próximos dias, é o reagendamento da atividade assistencial não realizada [desde que foram suspensas atividades não urgentes para dar resposta aos casos de covid-19]. Daremos prioridade aos casos com indicação clínica para tal, numa avaliação que vai ter se ser feita em articulação com prestadores de serviços de saúde. É mais um desafio para o Serviço Nacional de Saúde [SNS]”, explicou.
A Ministra disse ainda que o despacho de março que determinou o cancelamento de consultas e cirurgias programadas não urgentes “vai ser suspenso na próxima semana”, em articulação com as Administrações Regionais de Saúde, os agrupamentos de Centros de Saúde e os hospitais.
Portugal regista 687 mortos associados à covid-19 em 19.685 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 30 mortos (+4,6%) e mais 663 casos de infeção (+3,5%).
Das pessoas infetadas, 1.253 estão hospitalizadas, das quais 228 em unidades de cuidados intensivos, e 610 foram dadas como curadas.
O decreto presidencial que prolonga até 02 de maio o estado de emergência iniciado em 19 de março prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".
C/Lusa