“Dos 567 óbitos, cerca de um terço ocorreu em instituições e isso é um padrão espectável: os óbitos têm ocorrido em população idosa e com múltiplas patologias quer estejam em lares ou no domicílio”, afirmou Graças Freitas.
A diretora-geral da Saúde, que falava na conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia em Portugal, ressalvou que nos lares de idosos estão “pessoas muito vulneráveis, pela idade, pelas patologias que sofrem e pela concentração num determinado espaço”.
Graça Freitas reiterou a necessidade de se tomarem medidas preventivas pelas direções das instituições e pelas autoridades locais”.
“Desde o início que insistimos que antes de acontecer um caso de convid-19 deviam ser criados nesses lares, com a ajuda comunitária, condições para que a concentração de pessoas não fosse tão intensa para permitir o isolamento social”, afirmou.
Desde o início da pandemia, acrescentou, foram impostas duas regras, "que nem sempre estão a ser cumpridas".
"Quando percebemos que o país estava a entrar em situação de disseminação comunitária foram proibidas as visitas aos lares e esta proibição deve ser mantida, é muito importante que continue a ser cumprida. Foi também imposto que os novos utentes que cheguem aos lares estejam 14 dias em isolamento porque não basta ter o teste negativo", frisou Graça Freitas.
Portugal regista hoje 567 mortos associados à Covid-19, mais 32 do que na segunda-feira, e 17.448 infetados (mais 514), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Relativamente a segunda-feira, em que se registavam 535 mortos, hoje observou-se um aumento percentual de 6% (mais 32).
De acordo com os dados, há 17.448 casos confirmados, mais 514, o que representa um aumento de 3% face a segunda-feira.