De acordo com os dados oficiais divulgados no domingo, o Brasil é de longe o país mais afetado pela pandemia naquela zona do mundo, com 22.666 mortos e 363.211 casos, seguido pelo México, com 7.394 mortes e 68.620 casos, e o Peru, que registou 3.456 óbitos e 119.959 infeções. Só nas últimas 24 horas foram confirmadas 653 mortes e 15.183 mil novos casos de Covid-19 no Brasil.
O país é também o segundo no mundo com maior número de casos da doença, indicou a Universidade norte-americana Johns Hopkins, atrás apenas dos Estados Unidos, que registam já mais de 1,6 milhões de casos da Covid-19.
Apesar da situação no Brasil, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, participou no domingo num encontro com apoiantes, desafiando as normas sanitárias e as regras de distanciamento social.
Bolsonaro, que se opõe ao confinamento decretado pela maioria das autoridades locais brasileiras, surgiu em frente ao palácio presidencial em Brasília, usando uma máscara de proteção, que retirou rapidamente para cumprimentar a multidão, distribuindo apertos de mão e alguns abraços, de acordo com imagens difundidas nas redes sociais.
Também no domingo, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decretou a proibição de entrada no país de todos os estrangeiros que tenham estado no Brasil nos 14 dias anteriores, devido à pandemia da Covid-19.
A medida visa limitar a propagação do novo Coronavírus, quando os números nos Estados Unidos começam a abrandar, uma vez que o Brasil é agora um dos maiores focos mundiais da pandemia, sendo já o segundo país com maior número de casos e pelo menos 22.666 óbitos oficialmente confirmados.
O número de mortos na América Latina e Caraíbas duplicou nas últimas duas semanas.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Comissão Económica para a América Latina e as Caraíbas (Cepal), a crise económica provocada pela pandemia deverá fazer 11,5 milhões de desempregados naquela região, este ano.