No total, o país sul-americano já ultrapassou os 200 mil casos confirmados da doença (202.918) e totaliza 13.993 óbitos.
Os números foram divulgados na noite de quinta-feira pelo Ministério da Saúde, que anunciou a recuperação de 79.479 doentes infetados pelo novo Coronavírus, sendo que 109.446 continuam sob acompanhamento. Está ainda a ser investigada a eventual relação de 2.000 mortes com a doença Covid-19.
O aumento no número de mortes no Brasil foi de 6,4%, passando de 13.149 na quarta-feira para 13.993 na quinta-feira. Já em relação ao número de infetados, o crescimento foi de 7,3%, passando de 188.974 para 202.918 casos confirmados de infeção.
São Paulo, epicentro da doença no país, totalizou 4.315 mortos e 54.286 infetados, seguindo-se o Ceará, com 1.413 vítimas mortais e 21.077 pessoas diagnosticadas com Covid-19.
O terceiro estado a concentrar o maior número de casos é o Rio de Janeiro, que já contabilizou 2.247 óbitos e 19.467 casos de infeção.
Em todo o território brasileiro, apenas duas das 27 unidades federativas do país ainda não ultrapassaram a barreira dos mil casos da doença: Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Um inquérito inédito realizado pelo Conselho Federal de Medicina do Brasil, divulgado pelo jornal O Globo, registou mais de duas mil denúncias de médicos que atuam na linha frente do combate ao novo Coronavírus, que relataram falta de exames para detetar a doença, assim como ausência de equipamentos de proteção, como máscaras, luvas, batas ou até sabão para higienização.
O inquérito foi realizado via internet com médicos de todo o país entre os dias 30 de março e 06 de maio, sendo que as regiões que registaram mais queixas foram o sudeste (44%), nordeste (28%) e sul (12%), segundo O Globo.
Falta de equipamentos de proteção individual, como máscaras, luvas e batas (38%), falta de exames para deteção da doença e medicamentos (18,9%), carência de recursos humanos como médicos, enfermeiros e técnicos (13,7%), falta de material para higienização como sabonete líquido e desinfetantes (13,5%), falhas no processo de triagem (11%) e dificuldade de acesso a camas para os doentes (4,8%) foram os pontos mais denunciados pelos profissionais de saúde brasileiros.
Segundo o portal Worldometer, que compila quase em tempo real informações da Organização Mundial da Saúde, dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, de fontes oficiais dos países, de publicações científicas e de órgãos de informação, o Brasil testou 3.459 pessoas por cada um milhão de habitantes (o país tem 210 milhões de habitantes).