"Alguns casos podem ser considerados tentativas de homicídio [de membros] das forças de segurança e todos os casos constituem agressões grosseiras à polícia", afirmou o chefe da Polícia Nacional, Anders Thornberg, em conferência de imprensa, acrescentando que entre os 40 feridos se contam 26 polícias e 14 civis.
A extensão dos ferimentos não foi revelada, mas, segundo a imprensa local, só se registaram feridos ligeiros.
Os primeiros confrontos ocorreram na quinta-feira em Linköping e Norrköping (sul da Suécia), onde decorreram as duas primeiras fases da digressão do movimento e pequeno partido anti-imigração e anti-Islão Linha Dura (Stram Kurs, na designação original), liderado pelo dinamarquês-sueco Rasmus Paludan.
Paludan, que foi condenado na Dinamarca por insultos racistas, tem feito nos últimos dias uma "digressão" na Suécia, sobretudo por bairros com grande percentagem de população muçulmana, onde tem como ritual queimar o Corão, o livro sagrado do Islão, provocando violentas contramanifestações.
A seguir, o grupo dirigiu-se para Örebro (centro), para os subúrbios de Estocolmo e para Malmö (sul) antes de anunciar novas manifestações para domingo em Linköping e Norrköping.
No domingo, eclodiram confrontos nestas duas cidades, tendo sido queimados vários carros e atiradas pedras contra a polícia, sendo detidas 26 pessoas.
"Indivíduos criminosos aproveitaram a situação para mostrar violência", mas "sem relação com as manifestações", referiu Thornberg na conferência de imprensa, defendendo serem necessários mais meios.
"Somos muito poucos. Os nossos efetivos estão a aumentar, mas não na mesma proporção que os problemas da sociedade", lamentou.
"Cerca de 200 participantes foram violentos no local e a polícia teve de intervir com armas, em legítima defesa", disse ainda o chefe de operações especiais, Jonas Hysing.
A polícia já tinha anunciado que três pessoas tinham sido feridas por balas durante o incidente, classificado como "motim", pela polícia.
Os apelos de Paludan para a queima do Corão estão a provocar vários protestos no mundo árabe.