O Bloco de Esquerda propõe a comparticipação a 100% dos dispositivos automáticos de insulina, para melhorar a qualidade de vida das mais de 30.000 pessoas com diabetes tipo 1 em Portugal, das quais 5.000 serão crianças e jovens.
“Propõe-se (…) que se garanta o acesso aos novos sistemas de perfusão de insulina, uma nova tecnologia que permitirá melhor controlo da glicemia e, por isso mesmo, melhores resultados na saúde e qualidade de vida de quem vive com diabetes tipo 1”, lê-se no documento do Bloco de Esquerda.
O BE lembra que, no início de 2016, apresentou uma iniciativa legislativa sobre acesso à terapêutica com sistema de perfusão contínua de insulina para todas as crianças com diabetes tipo 1 até aos dez anos que pudessem beneficiar da terapêutica. Segundo, o partido, “o acesso gratuito seria posterior e gradualmente alargado a outros escalões etários”.
No mesmo dia vão ser discutidos quatro projetos de resolução de PAN, Livre e PCP sobre a comparticipação e disponibilização de bombas de insulina.
O tema do debate tem que ver com o texto subscrito por familiares de crianças e jovens com diabetes tipo 1, assim como por adultos diabéticos, pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e por serviços públicos de saúde de todo o país, entregue em 14 de novembro de 2022, na data em que se comemora o Dia Mundial da Diabetes.
Convidando todos os cidadãos interessados, APDP adiantou que uma delegação de peticionários vai assistir, na quinta-feira, ao plenário que irá discutir o acesso aos novos dispositivos automáticos de insulina.
Segundo a APDP as novas bombas automáticas assemelham-se ao “funcionamento de um pâncreas artificial, administrando insulina automaticamente e ajustando-a de acordo com as necessidades individuais”.
Estes dispositivos, segundo a associação, têm comparticipação em países como Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Reino Unido, Itália, Eslovénia e nações nórdicas.
De acordo com a pediatra e coordenadora do Departamento de Crianças e Jovens da APDP, Raquel Coelho, o uso das bombas proporciona às crianças e jovens “menos 80% de picadas nos dedos e menos 95% de injeções por ano”.
Lusa