Na conferência de imprensa após a reunião informal dos ministros dos Estados-membros da UE responsáveis pela Saúde, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho, a responsável europeia lembrou que o nível de sequenciação recomendado é de 10% das amostras e que, “até ao momento, apenas 12 países atingiram este nível”.
“Temos de fazer mais para assegurar que sabemos que variantes estão presentes e onde. Estamos a fazer progressos na deteção. Os Estados-membros estão a seguir a evolução de variantes mais de perto e a sequenciação genómica aumentou de forma geral a nível europeu. Juntos com o ECDC vamos continuar a trabalhar com os Estados-membros para ajudar a atingir o nível de 10% recomendado de sequenciação das amostras”, frisou.
Reiterando, por diversas vezes, a necessidade de “estar um passo à frente do vírus”, Stella Kyriakides vincou o “perigo” colocado pelas variantes – como a variante detetada na Índia -, apesar de notar que a dominante no espaço europeu é ainda a mutação descoberta no Reino Unido no final de 2020. Contudo, fez questão de notar que as vacinas atualmente disponíveis a nível europeu são eficazes na proteção contra as variantes de preocupação já identificadas.
“Precisamos de saber como as vacinas respondem às variantes e se precisam de adaptação. As vacinas autorizadas proporcionam proteção contra as variantes prevalentes, mas esperamos que as tecnologias, como a vacina por RNA mensageiro, tornem as adaptações mais fáceis e sem mudanças no processo de autorização para chegarem aos cidadãos mais depressa”, referiu, acrescentando: “Vamos também apoiar o desenvolvimento de novas vacinas”.
Em paralelo, a comissária europeia destacou ainda a aprovação do conselho em relação à introdução de “um travão de emergência” no que toca às viagens de outros países para garantir “reação atempada” face ao surgimento de variantes de disseminação rápida.
“Temos de ver como reabrir as economias e sociedades e, ao mesmo tempo, mantermo-nos seguros e adaptados às novas realidades que esta pandemia trouxe e as consequências a longo prazo do vírus. Isso significa ter acesso a reforços de vacinas que prolonguem a imunidade, bem como vacinando uma população mais jovem e adaptando vacinas, se necessário, para nos protegermos do perigo das variantes”, referiu.