“Em momento algum esses protestos afetaram a segurança ou a tranquilidade das populações. Os polícias trabalharam sempre, não houve qualquer quebra da atividade operacional”, disse, sublinhando que o arquipélago é “um dos territórios mais seguros do país”.
Luís Simões falava numa cerimónia de entrega de 16 viaturas ao Comando Regional da PSP, no Funchal, no âmbito de um protocolo assinado em 2019 com o Governo Regional (PSD/CDS-PP), que já canalizou cerca de dois milhões de euros de apoios para a instituição policial.
“Como comandante regional, apreciei o modo com os polícias do Comando Regional da Madeira efetuaram os seus protestos, que têm a ver com as remunerações e com os suplementos de missão”, disse, referindo-se a diversas vigílias que decorreram desde o início do ano na Praça do Município, no centro do Funchal, com a participação de centenas de agentes.
A causa dos protestos é a exigência de equiparação ao suplemento de missão que foi atribuído à Polícia Judiciária (PJ) e que é também reivindicada pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e pelo corpo da guarda prisional.
“Aqui, na Madeira, os polícias protestaram de acordo com a lei, de forma sensata, de forma cívica e, portanto, é com agrado que eu vejo que os polícias do Comando Regional da Madeira tiveram um comportamento exemplar na forma como reivindicaram e reivindicam as suas necessidades”, afirmou.
Luís Simões disse, por outro lado, que a região autónoma apresenta “bons indicadores” ao nível da segurança em 2023 e nos primeiros dois meses de 2024.
“Aguardamos os resultados finais do Relatório de Segurança Interna [de 2023], mas os números da criminalidade denunciada e da proatividade policial são melhores no Comando Regional da Madeira do que a nível nacional”, referiu, destacando que a descida da criminalidade violenta e grave é na ordem de dois dígitos.
Nos dois primeiros meses de 2024, “a tendência é também para uma descida de dois dígitos em toda a criminalidade, quer nos crimes contra as pessoas, quer nos crimes contra o património, quer nos crimes contra o Estado, quer nos crimes contra a vida em sociedade”, acrescentou.
O comandante regional da PSP salientou ainda que “a Madeira é um dos territórios mais seguros do país”, sendo que Portugal “é também um dos países mais seguros da Europa, do ocidente e do mundo”.
Lusa