Miguel Mendes é natural do Funchal mas há 16 anos que a sua vida é feita a bordo dos aviões da TAP. Fez o curso de piloto entre 2002 e 2004, passou pelo lado direito do cockpit (co-piloto), tendo voado dois anos na Portugália e desde 2007 na TAP, onde fez viagens para toda a Europa, continente americano e ilhas.
Em 2018 foi chamado para fazer o curso de comando, tendo cumprido o seu primeiro voo como comandante em janeiro de 2019, numa viagem até Bruxelas.
Como comandante da frota de médio curso, o madeirense voou para diferentes países da Europa e Norte de África. Agora voltou ao simulador para garantir a certificação para poder aterrar na Madeira.
A primeira manobra aconteceu esta manhã. Num Airbus 321, curiosamente pintado com as cores e imagem que marcaram o arranque da companhia. Uma aterragem suave, perfeita e sem qualquer sobressalto, como se vê nas imagens.
Miguel Mendes confessa; "Aterrar na minha ilha gerou uma emoção diferente. Porque a operação é mais exigente, há variações da direção e intensidade do vento muito traiçoeiras, que obrigam a estarmos mais atentos", confessa o piloto madeirense, que acrescenta; "A partir da Ponta de São Lourenço toda a manobra é da exclusiva responsabilidade do comandante e é um percurso que exige muito atenção".
Com 18 anos de aviação, mais de 10 mil horas de voo, Miguel Mendes ´viaja´ numa carreira que o vai levar a piloto da frota de longo curso, pilotando os maiores e mais sofisticados aviões da TAP.
Não é o único, nem o primeiro madeirense a regressar à ilha ao comando de um avião. É apenas o mais recente a trabalhar numa atividade com elevado nível de sofisticação e exigência.