“Eu não sou perito na área, mas gostaria que não estivéssemos à espera dos seis meses [para vacinar recuperados]. Gostaria que fosse à volta dos três meses porque seria uma medida preventiva que daria algum conforto”, considerou Lino Maia à Lusa.
O presidente da CNIS disse recear uma nova vaga de surtos nos lares portugueses “porque o estar vacinado não quer dizer que se esteja absolutamente imunizado, e também porque ainda há pessoas por vacinar, entre utentes e trabalhadores, pelo que há alguma fragilidade”.
Em relação aos trabalhadores não vacinados nos lares, Lino Maia considerou “que são poucos”, mas que “as instituições devem, se possível, colocá-los em atividades que não impliquem interação com utentes”.
“Mesmo no que toca a contratações, devem admitir-se aqueles que estão vacinados” em detrimento dos que não estão, defendeu.
Questionado sobre a necessidade de um novo confinamento dos lares, o presidente da CNIS, disse acreditar que “não é pelas visitas que tem havido problemas, nem pelas saídas” e que “tomar uma medida de confinamento dos lares para todo o país seria inoportuno”.
Contudo, considerou que “deve haver alguma cautela nos lares e comunidades onde há surtos” porque há sempre movimentações entre a população e as instituições.
Também a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou hoje que não há necessidade de voltar a limitar as visitas a lares de idosos, advogando que as pessoas vacinadas contagiadas com o novo coronavírus desenvolvem “uma doença muito mais moderada”.
O padre Lino Maia assegurou que “nos lares da CNIS, neste momento não está nenhum [surto ativo]”.