O anúncio foi feito em declarações aos jornalistas na sede do parlamento venezuelano, onde a oposição detém a maioria, momento em que reafirmaram o apoio daqueles governos europeus ao autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
"A Alemanha reconhece a legitimidade de Juan Guaidó na presidência do país. É hora de atuar e oferecemos cinco milhões de euros destinados a ajuda humanitária", disse o embaixador alemão, Daniel Martin Kriener, aos jornalistas.
“Identificamos na situação venezuelana e com absoluta clareza elementos que nos obrigam, como parte da comunidade internacional, a acender os alarmes por razões humanitárias. Por isso a Alemanha, juntamente com os seus sócios na União Europeia tem declarado que a situação na Venezuela requer uma atenção humanitária urgente", disse o embaixador alemão.
O diplomata precisou que "na situação venezuelana não se trata de uma crise humanitária como as que são consequência de conflitos armados, ou desastres de origem natural. É uma emergência humanitária, complexa, porque as suas causas são humanas", referindo-se ao governo de Nicolas Maduro.
"Nicolás Maduro (Presidente da Venezuela), não só carece da legitimidade democrática necessária, por razões políticas, ainda nega a situação humanitária que afeta a Venezuela, o que, no fundo, agrava a situação", disse.
O embaixador da Itália, Silvio Mignano, manifestou preocupação pela situação dos cidadãos italianos no país e anunciou a doação de dois milhões de euros para ajuda humanitária.
Por seu turno, o embaixador de França na Venezuela, Romain Nadal, vincou que o seu país "neste momento de dificuldade grave" quer "apoiar as ONG venezuelanas com 70 toneladas de alimentos e medicamentos”.
"A crise humanitária deve resolver-se de maneira urgente e vamos trabalhar em todos os âmbitos internacionais para que a ajuda chegue às pessoas mais necessitadas e vulneráveis", frisou.
Andrew Soper, embaixador do Reino Unido anunciou a doação de 7,60 milhões de euros para o abastecimento de "água, vacinas e alimentos" para as comunidades em maior risco.
"Esta crise humanitária da Venezuela é complexa, pelo que pedimos a todas as organizações que colaborem com o transporte da ajuda humanitária", frisou ainda o embaixador britânico.
Por outro lado, a Espanha contribuirá com 2 milhões de euros para ajuda humanitária.
O presidente do parlamento e também autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó agradeceu a "generosa doação de países da Europa", que vai ser somada aos 100 milhões de dólares (98,2 milhões de euros) obtidos através da recente Conferência da Organização de Estados Americanos.
Guaidó interpretou esta ajuda e o apoio dos distintos países europeus como um sinal de que "a transição" no país "é um facto".
C/ LUSA