A posição é assumida por peritos em áreas como a tecnologia de satélites e a poluição dos oceanos por plásticos.
Alguns dos especialistas estiveram na génese do compromisso para um tratado global contra a poluição de plásticos que foi assumido em março de 2022 por mais 170 países na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Segundo os peritos, qualquer tratado vinculativo para a proteção da órbita terrestre contra a poluição por lixo espacial deve incluir medidas que responsabilizem fabricantes e utilizadores de satélites (e seus detritos) a partir do momento em que são lançados para o espaço. Os custos comerciais devem ser considerados na responsabilização.
As estimativas apontam para que até 2023 haja mais de 60 mil satélites na órbita da Terra, onde circulam milhares de milhões de restos de antigos satélites não rastreados.
A universidade britânica de Plymouth, que tem cientistas a subscreverem a ideia de um tratado internacional para a defesa da órbita da Terra, adverte em comunicado que "há receios de que o crescimento previsto na indústria" espacial "possa inutilizar grande parte da órbita terrestre".
A investigadora Kimberley Miner, da agência espacial norte-americana (NASA), que assina o artigo da Science, realça que a "minimização da poluição da órbita baixa da Terra permitirá manter a exploração espacial e o crescimento da tecnologia espacial" com impacto na vida humana.
Lusa