A temperatura ficou “1,1 graus Celsius acima da média dos anos anteriores e foi a mais alta desde 1961”, segundo dados da Administração Meteorológica do país, citados hoje pela agência noticiosa oficial Xinhua.
Um total de 17 regiões a nível provincial, incluindo a província de Hunan e o município de Chongqing, ambos no centro da China, registaram temperaturas recorde no verão, acrescentou a mesma fonte.
No total, 15 estações meteorológicas espalhadas por todo o país registaram temperaturas até ou acima dos 44 graus Celsius este verão.
O número médio de dias com temperaturas acima dos 35 graus este verão chegou a 14,3, outro recorde desde 1961, e 6,3 dias a mais em relação à média dos anos anteriores.
Também foram registados os níveis de chuva mais baixos desde 1961. A seca afetou gravemente a agricultura.
Em províncias como Hubei, no centro do país, cerca de 220.000 pessoas tiveram dificuldades no acesso à água potável este verão e pelo menos 690.000 hectares de terras agrícolas foram danificadas como resultado da seca, segundo dados oficiais.
A seca também fez com que capitais provinciais como Nanjing (leste) e Nanchang (centro) não tivessem precipitação durante as primeiras três semanas de Agosto.
Nos últimos dias, a seca no curso superior do rio Yangtsé fez com que o nível da água do lago Poyang, o maior lago de água doce da China, caísse para 8,15 metros, entrando oficialmente na categoria de "extremamente seco".
A seca deste ano causou também incêndios em áreas montanhosas de regiões como Chongqing, levando à retirada de milhares de pessoas.
O meteorologista local Chen Lijuan explicou recentemente que os períodos de calor intenso, que começam "mais cedo e terminam mais tarde", podem tornar-se o "novo normal" no país asiático, sob "o efeito das alterações climáticas".