“Qualquer um na Rússia deve saber que a guerra de Putin é responsável pela morte de soldados russos na Ucrânia”, declarou Scholz, durante uma conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, na capital alemã, Berlim.
Ao lado de Stoltenberg, o chefe do Governo da Alemanha voltou a rejeitar a intervenção de tropas da NATO na Ucrânia, sustentando que essa decisão faria com que a Aliança Atlântica se tornasse “parte do conflito” e a intenção é evitar “uma extensão” da guerra a outros países.
Em consonância com o chanceler alemão, o secretário-geral da NATO reafirmou que esta é a linha de pensamento da maioria dos Estados-membros da organização: “É uma responsabilidade nossa evitar uma escalada do conflito, que seria ainda mais dolorosa e provocaria mais mortes, destruição e sofrimento”.
Stoltenberg elogiou também o compromisso da Alemanha e de outros países pertencentes à NATO de reforçar os esforços de modernização das respetivas Forças Armadas.
A Alemanha, por exemplo, vai canalizar uma verba de 100.000 milhões de euros para a modernização do seu Exército e vai aumentar o investimento anual em Defesa para mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de pelo menos 4,8 milhões de pessoas, mais de três milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
Lusa