O ‘hub’ de inteligência para epidemias e pandemias iniciará o seu funcionamento até ao final deste ano, começando por integrar mais de 50 países, mas devendo estender-se a todos os continentes num futuro próximo, explicou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, durante uma conferência de imprensa virtual em que a agência Lusa participou.
O Governo alemão vai participar com cerca de 30 milhões de euros para a criação do projeto – que terá amplitude global e que se centrará na angariação e tratamento de dados sanitários, procurando detetar surtos de vírus que se possam transformar em epidemias ou pandemias – que ficará com sede em Berlim e cujo orçamento total (definido pela participação da OMS) não é ainda conhecido.
“Berlim tem um conjunto de infraestruturas de análise de dados digitais que a transformam num ‘hub’ privilegiado para albergar este centro da OMS”, disse Jens Spahn, ministro da Saúde da Alemanha, para justificar a localização deste centro.
No início da conferência de imprensa, numa comunicação gravada em vídeo, a chanceler alemã, Angela Merkel, elogiou o papel da OMS na liderança do combate contra a pandemia de covid-19 e salientou a relevância da criação de um centro que permita detetar futuros surtos de vírus.
“A análise atempada e rigorosa de dados sanitários é de importância fundamental, para evitar danos maiores causados por futuras pandemias”, disse Angela Merkel, assegurando que o Governo alemão tudo fará para que o novo centro coordenado pela OMS esteja em funcionamento antes de dezembro deste ano.
O ministro da Saúde alemão referiu ainda a necessidade de colaboração dos países membros da OMS, para garantir a eficácia deste projeto, pela amplitude de dados que devem ser coligidos para análise dos riscos pandémicos.
C/Lusa