“Estamos muito preocupados com esta indecisão e o CDS faz aqui finca pé de que é preciso o Governo da República resolver rapidamente a situação financeira da TAP no sentido de manter as rotas para a Madeira e para assegurarmos o turismo nos próximos anos”, declarou António Lopes da Fonseca numa iniciativa partidária no Funchal.
O deputado centrista madeirense, partido que é parceiro do PSD na coligação do Governo Regional da Madeira, referiu estar “apreensivo com a situação que está a ocorrer na TAP”.
Criticou o facto de “esta semana muitos passageiros terem ficado em terra”, devido à “indefinição que existe na companhia, que o próprio Ministério das Infraestruturas referiu que, no limite, a TAP poderá desaparecer”.
Lopes da Fonseca vincou a preocupação do partido com este cenário, visto que a “TAP representa praticamente 70% das viagens da Madeira e do continente”.
Na sua opinião, “seria incomportável para a economia regional, sobretudo para o turismo, que uma companhia de bandeira como a TAP continuasse nesta indefinição”.
“Exortamos a responsabilidade do Governo da República, nomeadamente do Primeiro-Ministro, que foi tão célere em atribuir 850 milhões a um banco, como se uma matéria destas fosse algo que se pudesse omitir ao Primeiro-Ministro”, argumentou.
O parlamentar do CDS/Madeira afirmou que “não pode haver dois pesos e duas medidas”, sublinhando que a companhia aérea nacional é “importante para portugueses e para quem vive na Região Autónoma, nomeadamente os madeirenses e estudantes que necessitam dessas viagens”.
Por isso vincou, “seria totalmente inaceitável, que uma decisão no limite de insolvência da TAP, viesse a verificar-se, quando há possibilidade de o Governo da República financiar a TAP”.
António Lopes da Fonseca mencionou que “os governos europeus já anunciaram que vão transferir milhares de milhões para as companhias dos seus países”, pelo que o CDS não aceita que “o Governo da República não enveredasse por esse caminho de apoiar financeiramente a TAP pela necessidade que o país tem de uma companhia de bandeira”.
O centrista questionou ainda “como é que se poderia deixar de lado uma companhia tão importante para os madeirenses e porto-santenses, para os estudantes da região”.
O deputado realçou que “sem essa companhia, dificilmente, os residentes na Madeira, conseguiriam encontrar uma alternativa” em termos de ligações aéreas.