De acordo com comunicado da Servilusa, que não adiantava mais detalhes sobre a morte, o corpo do artista vai estar em câmara ardente na terça-feira na Basílica da Estrela, em Lisboa, entre as 18:00 e as 23:00.
Conhecido pela adaptação que fez do tema alemão “Griechischer Wein”, de Udo Jürgens, para o português como “Verde Vinho”, Paulo Alexandre nasceu em Vouzela, em 1931, mas mudou-se para Lisboa cedo na vida, iniciando a carreira radiofónica na Emissora Nacional em 1954, como lembra a biografia disponível na página da Meloteca.
“Pouco depois integra o quarteto vocal 4 de Espadas, com Américo Lima, Fernando La Rua e Nuno d’Almeida. Curiosamente, os primeiros passos discográficos tanto em nome próprio como do grupo têm lugar no mesmo ano de 1959. Um EP com quatro composições de [maestro e compositor] Belo Marques, todas elas dedicadas a Lisboa, e com direção de orquestra de João Nobre marca assim o pontapé de saída de uma carreira longa”, escreveu o investigador João Carlos Callixto, num texto para o programa “Gramofone”.
“Verde Vinho”, de 1977, alcançou dois discos de ouro e sucesso também no Brasil, de tal forma que até originou um filme, de 1981, que o próprio protagonizou.
Produtor e locutor de rádio, trabalhou também para a televisão. “Homem de múltiplas facetas, conciliou a vida artística com uma distinta carreira como bancário, culminando na Direção do Departamento de Relações Internacionais do Banco Pinto & Sotto Mayor”, acrescentou a Servilusa, que lembrou que Alexandre se despediu dos palcos em 2000.
Lusa