"Não vale a pena estar a apresentar candidaturas que não sejam vencedoras", afirmou, defendendo que a candidatura seja "preparada com a devida atenção e o devido cuidado" e só depois submetida.
José Filipe Cabral participou hoje, no Funchal, num debate sobre as "Levadas da Madeira – 600 anos a vivificar a terra madeirense", numa iniciativa que surge com o objetivo de dar a conhecer, divulgar e promover o envolvimento da população no processo conducente à candidatura das Levadas da Madeira, assim como auscultar as diversas entidades com responsabilidade na sua gestão.
Na sessão, o responsável deixou a mensagem de que a candidatura a património da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) deve ser apresentada apenas quando estiver bem elaborada.
"Haverá que preparar esta candidatura com o seu ritmo próprio, com cuidado. Não vale a pena grandes precipitações. É preciso trilhar um caminho seguro de modo a que esta candidatura seja como merece e como todos nós queremos uma candidatura vencedora", disse.
A candidatura das "Levadas da Madeira" está integrada no Programa de Governo, tendo sido proposta, em 2016, e inscrita, desde 2017, na Lista Indicativa de Portugal a Património Mundial da UNESCO.
"As levadas são algo de verdadeiramente excecional e como tal merecem ser inscritas na lista do património da humanidade e disso não tenho a mínima dúvida", afirmou.
Recordou que os recursos hídricos são fundamentais "para o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza, objetivos centrais da ação mundial da UNESCO.
A coordenadora desta candidatura, Susana Fontinha, partilha desta preocupação deixada por José Filipe Cabral e afirma que o que a região pretende é ter uma candidatura de sucesso.
"Quando a candidatura for oficialmente entregue à comissão nacional da UNESCO, e que seja alvo de avaliação interna, que seja realmente aceite e que depois seja transmitida à comissão internacional", afirmou.
As levadas são pequenos canais de irrigação que servem para redirecionar as águas de uma zona para outra.
A origem destas levadas na Madeira surge no século XV e tinham como função responder à necessidade de levar e distribuir a água das zonas mais chuvosas a norte da ilha pelas zonas mais a sul.
C/ LUSA