Depois do Governo Regional da Madeira, que colocou meios à disposição, o município do Funchal, liderado Miguel Silva Gouveia, também contactou o executivo do arquipélago vizinho, o Cabido de Gran Canária e a autarquia de Las Palmas para transmitir a disponibilidade de enviar uma brigada para ajudar no combate aos incêndios.
“Face aos graves incêndios florestais que ocorrem nas Canárias, com especial incidência na ilha de Gran Canária, manifesto, em nome pessoal e da Câmara Municipal do Funchal, a minha solidariedade e a de todos os nossos munícipes para com a população afetada e para com todos aqueles que combatem as chamas", escreveu o responsável da autarquia funchalense.
Miguel Silva Gouveia também manifesta o “respeito e apoio” para com as congéneres autarquias canarianas, retribuindo o apoio manifestado nos recentes e catastróficos incêndios de 2016 e que afetaram significativamente a cidade do Funchal.
“A Câmara Municipal do Funchal disponibiliza uma brigada da Companhia de Bombeiros Sapadores do Funchal, com prontidão imediata, para se deslocarem ao arquipélago com a missão de combate e proteção de pessoas, bens e ambiente", pode ler-se no documento.
Um incêndio florestal que lavra desde sábado em Valleseco, na ilha espanhola Grã Canária, obrigou à retirada de quatro mil pessoas de 40 localidades, informou o presidente do Governo das Ilhas Canárias.
"É uma situação tremendamente complicada", afirmou Ángel Víctor Torres, citado pela agência noticiosa Efe, acrescentando que o objetivo é salvaguardar, acima de tudo, a segurança das pessoas.
Os desalojados estão a ser encaminhados para polidesportivos, tendo o Governo das Canárias solicitado à Cruz Vermelha 400 a 600 camas.
O chefe do executivo disse que pediu ajuda ao Governo central, que irá enviar mais meios aéreos para combater as chamas, que já causaram "um desastre" ambiental, tendo entrado no Parque Natural de Tamadaba, considerado uma das joias ecológicas da Grã Canária.
No combate ao incêndio, que está longe de estar dominado, estão envolvidos centenas de bombeiros e dez meios aéreos. Onze estradas tiveram de ser cortadas ao trânsito.
Os difíceis acessos nalgumas zonas, as altas temperaturas e a baixa humidade estão a dificultar o combate às chamas.
C/ LUSA