Em conferência de imprensa de apresentação dos dados gerais do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2020, a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, avançou que, dentro da criminalidade geral, se registaram as maiores descidas no furto por carteirista, furto de oportunidade de objeto não guardado, ofensa à integridade física voluntária simples, condução de veículo com taxa de álcool, contrafação e falsificação de moeda e passagem de moeda falsa, dano e furto em edifício comercial.
“Todas estas tipologias criminais apresentaram descidas bastantes acentuadas”, precisou, dando também conta que a violência doméstica desceu cerca de 6%.
No âmbito da criminalidade geral, verificou-se no ano passado aumentos nos crimes de burla informática e nas comunicações, condução sem habilitação legal, outras burlas, desobediência e furto em área anexa à residência.
Helena Fazenda explicou que o aumento do crime de desobediência é o “resultado de uma intervenção das forças de segurança no controlo das medidas aplicadas durante os períodos de estado de emergência devido à pandemia e a subida da burla informática e nas comunicações também está associado ao confinamento.
Em relação à criminalidade violenta e grave, os crimes de violação, ofensa à integridade física grave, rapto, sequestro e tomada de reféns e roubo em transporte público foram os crimes que mais desceram, afirmou a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna.
Por sua vez, aumentaram os crimes de resistência e coação sob funcionário, extorsão e crime de roubo a residência, bem como os homicídios.
Helena Fazenda sustentou que o número de crimes que diminuíram “é substancialmente mais elevado” do que aqueles que aumentaram.
A mesma responsável afirmou que o aumento do crime de resistência e coação sob funcionário tem “uma intervenção direta com a ação das forças e serviços de segurança no terreno e naquilo que foi a sua atividade de controlo e fiscalização das medida impostas” em 2020 devido à pandemia.
C/Lusa