Adotado pelo executivo comunitário no final de janeiro, para assegurar que as vacinas produzidas na Europa cobrem toda a população europeia e que os fornecimentos previstos nos contratos assinados com as empresas farmacêuticas são respeitados, este mecanismo era válido até 12 de março.
Bruxelas decidiu agora prolongá-lo por mais três meses e meio.
Ao tomar hoje esta decisão, a Comissão sublinhou que este mecanismo não impede que a União Europeia seja o exportador “número um” de vacinas contra a covid-19 para o resto do mundo.
“As primeiras semanas de aplicação deste instrumento demonstraram que as perturbações comerciais receadas por muitos não ocorreram. Desde que o mecanismo foi introduzido, foram autorizadas remessas para mais de 30 países. Tal confirma que, mesmo numa situação sanitária muito crítica, a UE fez um esforço considerável para ser um parceiro comercial fiável e responsável”, comentou o vice-presidente executivo Valdis Dombrovskis, responsável pela pasta do Comércio.
De acordo com os dados divulgados pela Comissão, desde que o mecanismo de controlo de exportações foi implementado há seis semanas, foram autorizados 249 pedidos de exportação de vacinas contra a covid-19 para 31 países, num total de 34 milhões de doses, “uma vez que não ameaçavam os compromissos contratuais entre a UE e os produtores de vacinas”, tendo sido rejeitado apenas um pedido.
Bruxelas aponta que os principais destinos das exportações das vacinas são o Reino Unido, com aproximadamente 9,1 milhões de doses, o Canadá (3,9 milhões) e o México (3,1 milhões).
C/Lusa