Em comunicado, o executivo comunitário adianta que concedeu uma autorização condicional de comercialização para a vacina Nuvaxovid, desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Novavax, na sequência de uma recomendação científica positiva da EMA após uma avaliação exaustiva da segurança, eficácia e qualidade da vacina.
O executivo comunitário acrescenta que a decisão é apoiada pelos Estados-membros.
"Numa altura em que a variante Ómicron está a espalhar-se rapidamente, e em que precisamos de intensificar a vacinação e a administração de doses de reforço, estou particularmente satisfeita com a autorização de hoje da vacina Novavax”, comentou a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.
Para Ursula von der Leyen, esta quinta vacina “oferece aos cidadãos europeus uma proteção adicional bem-vinda contra a pandemia. Que esta autorização ofereça um forte incentivo a todos os que ainda não foram vacinados, ou não receberam a dose de reforço, no sentido que é agora o momento de o fazer", acrescentou a presidente da Comissão Europeia.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) aprovou hoje a comercialização na UE da vacina Nuvaxovid, da farmacêutica norte-americana Novavax, contra a covid-19, para pessoas com mais de 18 anos.
A autorização de entrada no mercado foi dada após a EMA ter concluído que os dados sobre a vacina eram robustos e satisfaziam os critérios da UE em termos de eficácia, segurança e qualidade, segundo um comunicado.
A avaliação teve início, num prazo acelerado, em 17 de novembro, sendo a Nuvaxovid a quinta vacina a receber autorização para ser comercializada na UE.
No seu conjunto, os resultados de dois estudos mostram uma eficácia vacinal para Nuvaxovid de cerca de 90% para a estirpe original do SARS-CoV-2 e algumas variantes preocupantes como Alpha e Beta.
Os dados em relação à eficácia da vacina contra outras variantes preocupantes, incluindo a Ómicron, são ainda limitados, sublinha a EMA.
A Nuvaxovid é uma vacina que contém suficientes fragmentos de uma proteína que é exclusiva do vírus para que o sistema humanitário a reconheça e responda produzindo defesas contra a infeção pelo SARS-CoV-2.
A autorização é válida para os 27 Estados-membros, mas a vacina da Novavax não deverá ser utilizada em Portugal uma vez que, segundo foi adiantado em julho, não está incluída no planeamento da vacinação contra a covid-19.
Na UE está autorizada a comercialização de quatro vacinas anticovid-19: Pfizer BioNtech, Moderna, Astrazeneca e Johnson&Johnson.
A covid-19 provocou mais de 5,35 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.796 pessoas e foram contabilizados 1.227.854 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.