“Queremos mesmo transformar o ‘Brexit’ numa oportunidade junto do mercado britânico”, disse o ministro numa audição conjunta das comissões parlamentares dos Assuntos Europeus e da Economia sobre os impactos do processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
Segundo Siza Vieira, a campanha será financiada em 50% pelo Turismo de Portugal, sendo a outra metade financiada por agentes privados e entidades turísticas.
O governante explicou que a campanha para o Algarve e Madeira foi lançada depois de um diálogo com agentes turísticos, tendo o executivo percebido que “há alguma preocupação maior nestes dois destinos” com o ‘Brexit’.
No Algarve, o Reino Unido “é um cliente que representa mais de 50% das dormidas”, salientou o ministro perante os deputados, sublinhando ainda que as duas regiões são “absolutamente sensíveis”.
Siza Vieira referiu que há um problema “óbvio” que vai afetar todos os destinos europeus, que é a previsível desvalorização da libra, mas adiantou que os números mais recentes do turismo mostram que há um “impacto positivo” com estas campanhas.
Segundo disse, em janeiro, o número de hóspedes do Reino Unido cresceu 6,4% relativamente ao mesmo mês de 2018 e as receitas dos turistas britânicos cresceram 15,9% em termos homólogos.
Já o número de passageiros no aeroporto de Faro subiu 15% em fevereiro e 20,9% no Funchal, afirmou.
E em resposta aos deputados da oposição, que acusaram o Governo de apresentar um plano de contingência tardio e “para inglês ver”, o ministro frisou: “Sim, as campanhas turísticas são mesmo para os ingleses verem e o que temos visto com muito agrado é que eles gostam do que veem”.
LUSA