"A melhor coisa que posso dizer sobre o programa de vacinas Oxford/AstraZeneca é que finalmente recebi a notícia de que terei minha própria injeção (…) muito, muito em breve. Certamente será Oxford/AstraZeneca que vou receber”, afirmou, durante o debate semanal no Parlamento.
Após imunizar cerca de 25 milhões de pessoas mais velhas ou com comorbilidades de risco, o Ministério da Saúde britânico anunciou hoje que vai estender o programa a todas as pessoas com mais de 50 anos. Boris Johnson tem 56 anos.
O primeiro-ministro respondia a uma questão sobre a suspensão por vários países da administração da vacina da AstraZeneca devido a possíveis efeitos secundários, nomeadamente a formação de coágulos sanguíneos.
O Governo britânico, que financiou o desenvolvimento do fármaco pelo laboratório anglo-sueco, o qual está a usar em grande número na campanha de vacinação nacional, tem-se esforçado nos últimos dias para minimizar as preocupações e garantir que não existe risco.
"Não há provas de que essas vacinas causaram os coágulos", escreveu o ministro da Saúde, Matt Hancock, no tabloide The Sun, enfatizando que esta não é apenas a opinião dele, mas também do regulador britânico, a Autoridade Reguladora de Medicamentos, a Organização Mundial de Saúde e a Agência Europeia de Medicamentos.
“Mais de 11 milhões de doses da vacina AstraZeneca já foram administradas no Reino Unido e a taxa de casos (de coágulos) relatados entre os vacinados é menor do que o que seria naturalmente esperado na população em geral”, vincou o ministro.
Segundo Hancock, o Reino Unido está bem encaminhado para atingir a meta de oferecer uma dose da vacina a todos os adultos até ao final de julho, mas adiantou que um aumento no fornecimento esta semana deverá acelerar os planos.
“O mais importante para nós agora é manter a calma e continuar a vacinar”, escreveu Matt Hancock, parafraseando um famoso slogan britânico usado durante a Segunda Guerra Mundial [Keep calm and carry on].