Num comunicado, o porta-voz de Johnson adiantou ainda que os dois líderes "tiveram uma conversa profunda" sobre a agressão russa nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste ucraniano.
O líder britânico "delineou o importante novo apoio fornecido pelo Governo, incluindo sistemas de ‘rockets’ de lançamento múltiplo de longo alcance para atacar posições de artilharia russas usadas para bombardear cidades ucranianas”, indicou a mesma fonte.
O Ministério da Defesa britânico revelou hoje que vai enviar os primeiros mísseis de longo alcance para a Ucrânia depois de a Rússia ter atacado os arredores de Kiev pela primeira vez desde abril.
O ministro da Defesa, Ben Wallace, disse que vai ser enviado um número não especificado de lançadores M270, que podem disparar foguetes guiados com uma precisão de até 80 quilómetros, um alcance maior do que qualquer outra tecnologia de mísseis atualmente em uso na guerra.
De acordo com Londres, os dois líderes também discutiram as negociações diplomáticas e os esforços para acabar com o bloqueio russo às exportações de cereais da Ucrânia, que está a afetar países em África.
No mesmo comunicado, o porta-voz governamental precisou que Boris Johnson e Volodymyr Zelensky concordaram em intensificar o trabalho com outros aliados, incluindo os líderes do G7 (os países mais ricos do mundo), para acabar com a invasão ilegal da Rússia na Ucrânia e apoiar a economia ucraniana.
A conversa foi divulgada numa altura em que Boris Johnson enfrenta uma moção de censura interna no Partido Conservador.
Boris Johnson tem sido visto, nomeadamente por Kiev, como um políticos ocidentais mais proativos no apoio às autoridades ucranianas e na condenação da invasão russa.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que matou mais de 4.100 civis e obrigou à fuga de mais de 14 milhões de pessoas, de acordo com os dados da ONU.
A organização internacional indicou ainda que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.