“É muito importante que a unidade do Ocidente e da NATO seja recordada e priorizada. A questão da negociação com Vladimitir Putin e o valor dessas negociações está em aberto. Na minha opinião, claramente Putin não é de confiança”, afirmou, durante uma audição parlamentar esta tarde.
Johnson vincou que é importante que “o que seja que venha a acontecer, deve ser aquilo que os ucranianos querem e cabe a eles decidir o futuro dele”.
Sobre se concorda que Putin deve ser removido do poder, o primeiro-ministro britânico disse “perceber" porque o presidente norte-americano, Joe Biden, defendeu que o presidente russo "não pode permanecer no poder”.
“Compreendo as frustrações das pessoas com Putin. Desejar uma mudança de governo em si não é algo ignóbil”, comentou, enfatizando a seguir que “não é o objetivo do Governo britânico” a mudança de regime na Rússia.
“Nós estamos simplesmente a tentar ajudar a proteger a população ucraniana e a protegê-los de violência totalmente bárbara e injustificada”, vincou.
O primeiro-ministro britânico manifestou determinação em “acelerar” o apoio à Ucrânia na defesa e reiterou a recusa em levantar sanções económicas à Rússia “simplesmente porque houve um cessar fogo” no caso de este ser acordado.
O Ocidente, disse, "deve continuar a intensificar as sanções com um programa contínuo até que todas as tropas saiam da Ucrânia”, incluindo a Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em 2014.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Lusa