“A liberdade é fundamental para cada um de nós e para o bem-estar de todos”, defende o artista numa publicação feita hoje de manhã na rede social Instagram, na qual mostra fotografias da instalação artística e um vídeo do momento em que ela foi transportada para a campa do antigo ditador.
António de Oliveira Salazar, figura maior da ditadura do Estado Novo, nasceu a 28 de abril de 1889 no Vimieiro (distrito de Viseu). Morreu a 27 de julho de 1970, quase dois anos após uma queda que lhe provocou um derrame cerebral e o afastou da presidência do Governo.
Na caixa vermelha e branca, que tem desenhado um cravo vermelho, pode também ler-se que o “probiótico antifascista” é disponibilizado em 50 cápsulas de 25 mg, numa alusão aos 50 anos do 25 de Abril de 1974, que se comemoram na quinta-feira.
“Por algum motivo, os que têm ambições tirânicas e antidemocráticas começam exatamente por atacar a liberdade – este conceito complexo que atravessa vários campos da nossa vida e sem o qual não teremos uma sociedade justa”, argumenta Bordalo II na publicação do Instagram.
E porque “a liberdade é fundamental”, o artista deixa um aviso: “Não nos podemos distrair e tomar a liberdade como um bem adquirido. Pelo contrário, temos que defendê-la e exercitá-la todos os dias. O 25 de Abril serve também para nos lembrarmos disto”.
Bordalo II acrescenta que “defender a liberdade é respeitar as diferenças, exigir direitos fundamentais universais e permitir a expressão do pensamento livre e da criatividade”.
“Também a arte deve ser livre, deve poder questionar, provocar e dar um ponto de partida para a reflexão”, defende o artista, que termina com a frase “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais.”
Lusa