Os médicos da região Sul e das Regiões Autónomas cumpriram ontem um dia de paralisação nacional. A greve teve uma "adesão expressiva", anunciam os sindicatos, referindo que o objetivo é "acordar o ministro da Saúde" para a necessidade de chegar a um entendimento.
Este protesto prendeu-se ausência de resposta do Governo às propostas, que se prendem com redução de horas extraordinárias anuais obrigatórias (matéria em que houve acordo), as chamadas horas de qualidade (durante a noite), redução do trabalho de urgência (de 18 para 12 horas semanais) e redução da lista de utentes por médico de família (dos atuais 1.900 para 1.500).
No hospital Dr. Nélio Mendonça, o bloco operatório esteve quase parado e houve várias consultas adiadas. O serviço regional de saúde diz que nos cuidados primários, a adesão à greve foi de 27%. O sindicato independente dos médicos fala numa participação a rondar os 80%.