Pelo menos 20 pessoas morreram e outras 20 estão dadas como desaparecidas, segundo um balanço provisório hoje fornecido pela ministra do Interior belga, Annelies Verlinden.
O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, disse hoje temer que o balanço do número de vítimas se agrave ainda.
“Em muitos locais, a situação continua extremamente crítica”, declarou o dirigente liberal flamengo, em conferência de imprensa.
“Aguardamos ainda o balanço definitivo, mas pode dar-se o caso de estas inundações serem as mais catastróficas que o nosso país já viveu”, declarou.
“Trata-se de circunstâncias excecionais, sem qualquer precedente no nosso país”, acrescentou, saudando a mobilização de países vizinhos para ajudar as equipas de socorro belgas.
A província de Liège, no leste do país, é a mais afetada pelas cheias e concentra a maior parte das operações de socorro.
Só os municípios de Verviers e Pepinster registaram pelo menos uma dezena de mortos.
Na próxima terça-feira, todo o país será convidado a respeitar um dia de luto nacional, acrescentou o primeiro-ministro à imprensa, em Bruxelas.
As bandeiras estarão a meia-haste em todo o reino e será cumprido um minuto de silêncio ao meio-dia, precisou.
Na Europa, o balanço do mau tempo atingiu hoje pelo menos 126 mortos, a maioria dos quais na Alemanha, onde muitas pessoas continuam desaparecidas, fazendo temer uma tragédia ainda mais grave.
Trata-se da pior catástrofe natural em território alemão desde a guerra.
Além da Bélgica e da Alemanha, as chuvas diluvianas e as consequentes cheias causaram graves danos materiais na Holanda, no Luxemburgo e na Suíça.