Isabel Bracero, chefe de comunicação da Cruz Vermelha em Ceuta, explicou à agência Efe que se trata de um caso “bastante desagradável, mas ao mesmo tempo com um final feliz”.
“Vimos o companheiro da Guarda Civil salvar um bebé da morte certa”, referiu Bracero, acrescentando que um elemento da Cruz Vermelha “não hesitou e obviamente apressou-se a ajudar o companheiro e o bebé”.
Quando teve lugar o salvamento do bebé, facto que hoje em dia tem destacado a Guarda Civil nas redes sociais, a “situação em geral era confusa. Havia 8.000 pessoas a passar e é preciso estar atento ao lençol de água e terra”.
“Foi muito complicado ver que havia uma mãe e um bebé” que precisavam de ajuda, disse, felicitando o agente da Guarda Civil que identificou, “no momento exato”, as necessidades da mãe e do bebé.
Bracero explica que, “fica mal dizer, mas é um sucesso” que, apesar de milhares de pessoas terem chegado por mar, muitas sem saber nadar, só uma pessoa tenha morrido.
Salienta que as boas condições do mar e a superficialidade da praia por onde entraram permitiram que a maioria das pessoas que chegaram ilegalmente a Ceuta esta semana, “todos muito jovens”, o fizessem em “muito boa saúde”.
Ao mesmo tempo que o responsável da Cruz Vermelha contava este episódio, registavam-se chegadas pontuais de imigrantes à praia, alguns deles menores, que foram encaminhados para um armazém na zona industrial de Tarajal, onde estão 1.500 crianças e mulheres.
Na praia, um homem e uma mulher davam comida e bebida aos imigrantes, o que também fizeram no centro da cidade com crianças de oito e nove anos que tinham sido enganadas e pensavam que em Ceuta podiam ver o futebolista Messi, disse Barbara Chellaram, mãe de um menor e “aflita” com a situação a que assistiu nos últimos dias.