“Os autotestes não têm viabilidade e podem dar falsas sensações de segurança como tem acontecido em várias reuniões familiares e sociais porque os autotestes falham bastante. Não é uma medida adequada”, disse Miguel Guimarães a jornalistas à margem do XIII Congresso Nacional do Mutualismo.
O bastonário da Ordem dos Médicos afirmou que apesar de as medidas anunciadas na quinta-feira pelo governo serem “adequadas”, a utilização dos autotestes “não é ajustada” e defendeu a sua substituição por testes de rápidos de antigénio.
“O teste antigénio rápido já foi legislado pelo Governo, de que havia comparticipação a este teste. É este teste que as pessoas devem usar”, afirmou Miguel Guimarães.
A par do teste rápido de antigénio, o bastonário lembrou ainda que os testes PCR dão garantias de que “a pessoa não está infetada durante algum tempo, cerca de dois a três dias” e lembrou a importância do certificado digital covid-19.
Os restaurantes em concelhos de risco elevado ou muito elevado vão passar a ter de exigir certificado digital ou teste negativo à covid-19 a partir das 19:00 de sexta-feira e aos fins de semana e feriados para refeições no interior.
A medida, aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministros, aplica-se apenas às mesas no interior dos restaurantes, segundo referiu a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que esclareceu que a nova exigência começará a ser aplicada a partir das 15:30 de sábado.
A medida aplica-se apenas ao fornecimento de refeições no interior dos restaurantes, deixando de fora as pastelarias e cafés, assim como as refeições servidas em esplanadas.
São quatro as tipologias de testes aceites pelas autoridades de saúde: os PCR e antigénio com resultado laboratorial (contemplados no certificado digital covid-19) e também os autotestes feitos presencialmente (à entrada do estabelecimento) ou perante um profissional de saúde (nas farmácias, por exemplo).
Para agilizar o acesso aos autotestes, estes vão passar a ser vendidos no retalho alimentar, como supermercados.
Também o acesso a estabelecimentos turísticos e de alojamento local em todo o território continental vai passar a estar sujeito à existência de certificado digital ou teste negativo por parte dos clientes.
C/Lusa