As distinções deste ano, hoje apresentadas em conferência de imprensa no Aquário Vasco da Gama, em Oeiras, contemplam 322 praias costeiras, mais cinco do que em 2019, e 38 fluviais, mais três do que no ano passado.
As praias estão distribuídas pelo Algarve (87 praias costeiras, menos uma do que no ano passado), Norte (76 praias, mais uma do que no ano passado, 70 delas costeiras e seis fluviais), Tejo (57, mais uma, das quais 47 costeiras e 10 fluviais), Centro (46, mais duas praias, das quais 29 costeiras e 17 fluviais), Alentejo (36, das quais 31 costeiras e cinco fluviais, com mais uma fluvial), Açores (42 praias costeiras, mais três) e Madeira (16 costeiras, menos uma).
A bandeira azul contempla ainda 18 portos de recreio e marinas (mais uma do que no ano anterior), 11 no continente e sete nas ilhas, e nove embarcações ecoturísticas (o mesmo número do ano passado), cinco no continente e quatro nas ilhas.
As cerimónias do hastear da bandeira azul vão manter-se e decorrem no dia 15 de junho: de manhã será hasteada a bandeira na praia costeira do Algarve, no concelho de Loulé, e da parte da tarde na Marina de Portimão. O hastear da bandeira azul oficial de 2020 em praia fluvial será em Seia, em data ainda a determinar.
Este ano, a Associação Bandeira Azul Europa (EBAE) também teve de fazer um esforço de adaptação às novas condições causadas pela pandemia e alterou o tema previsto para "De volta ao mar, com a atitude de mudar".
Quanto a regulamentos de segurança, José Archer, presidente da EBAE, realçou que a associação criou “um critério excecional, transitório e temporário” segundo o qual cabe aos responsáveis pela praia, pela marina ou pela embarcação galardoada implementar no seu espaço as regras extraordinárias determinadas pelas autoridades de saúde.
"Quando há Bandeira Azul, e enquanto estiver hasteada, é seguro frequentar", afirmou, salientado que a fruição destes espaços públicos vai depender da responsabilidade de cada um.
Enquanto as medidas concretas para o uso das praias ainda estão em preparação, o apelo da associação é, desde já, que “as pessoas olhem bem para as recomendações, porque o bom funcionamento desta época e das zonas balneares vai depender do comportamento de cada um”.
O responsável destacou ainda que, entre as medidas, está previsto que “os postos de primeiros-socorros que existiam nas praias terão de ter material de proteção para qualquer pessoa que necessite”.
No entanto descartou a existência de uma cabine de isolamento para possíveis infetados “porque não fará sentido, numa praia aberta, ter uma cabine de isolamento para por alguém, caso seja necessário”.
José Archer salientou ainda que a diversidade das praias é imensa e que quando se fala em medidas de adaptação às regras significa que as autoridade locais têm de adaptar as recomendações gerais à realidade local, “para que, por um lado, possam ser e sejam facilmente apreendidas e motivo de adesão pelas pessoas e sejam facilmente implementadas e monitorizadas”.
“Vai depender essencialmente do bom comportamento de cada um do respeito pelos outros do cuidado consigo próprio da observação das recomendações que vierem a ser determinadas”, disse.
“De outra forma vemos com dificuldade que, de facto, isto possa funcionar bem”, considerou, salientando que até agora “há um trabalho muito sério de preparação”.
Alertou em especial para os comportamentos em praias não vigiadas e fora das zonas concessionadas, onde será mais difícil implementar medidas.
A lista das praias galardoadas com Bandeira Azul foi apresentada no Aquário Vasco da Gama, em Algés, Oeiras, no dia em que se assinala a sua inauguração, pelo Rei D. Carlos I, em 1898.
Hoje é ainda o dia da Marinha Portuguesa, que gere o espaço, precisamente por ser também o aniversário da chegada de Vasco da Gama a Calecute, na Índia, em 1498.
C/Lusa