O valor destina-se a ajudar a Zâmbia, que está "sobreendividada", a regressar à sustentabilidade fiscal, a recuperar da dívida e a promover o crescimento económico liderado pelo setor privado, indica uma declaração do Banco Mundial (BM).
Os fundos são disponibilizados pela Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), uma subsidiária do Banco Mundial que ajuda os países mais pobres através de subvenções ou créditos a taxas de juro zero ou muito baixas.
Em 2020, a Zâmbia tornou-se o primeiro país africano a não pagar a sua dívida externa, estimada em 17,3 mil milhões de dólares (16,9 mil milhões de euros), desde o início da pandemia de covid-19.
Já em setembro, a capital da Zâmbia, Lusaca, tinha recebido a aprovação do Fundo Monetário Internacional (FMI), para um total de 1,3 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros) em apoio financeiro para ajudar a reestruturar a sua dívida.
A ascensão à presidência de Hakainde Hichilema, eleito em 2021 com promessas de erradicar a corrupção desenfreada e ressuscitar a economia, melhorou as relações da Zâmbia com os seus credores e doadores internacionais.
A dívida do país tinha explodido sob o seu antecessor, Edgar Lungu, que foi criticado por ter contraído elevados empréstimos para financiar uma série de projetos de infraestruturas durante os seis anos da sua presidência.
Segundo os últimos dados do FMI, a Zâmbia, que é um dos maiores produtores mundiais de cobre, viu a sua economia crescer 4,6% em 2021, após uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,8% registada em 2020.