“Acreditamos que só iremos atingir este ano 50% dos voos realizados em 2019 […] e a grande questão é quem é que sobrevive neste setor”, afirmou hoje o diretor-geral da Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol), Eamonn Brennan.
A esperança de Eamonn Brennan é que, “até à Páscoa, se comecem a ver os efeitos da vacinação”, processo esse que começou no final do ano passado na União Europeia (UE) com a vacina da Pfizer e BioNTech, esperando-se que nos próximos dias o mesmo aconteça com o fármaco da Moderna.
“A vacinação é um processo complexo e esperamos que no próximo mês haja mais desenvolvimentos, é disso que precisamos”, apontou o responsável.
Já falando sobre o impacto da pandemia de covid-19 na Europa em 2020, Eamonn Brennan falou numa redução de 55% do tráfego aéreo no conjunto do ano face a 2019, equivalente a menos 1,7 mil milhões de passageiros, o que causou a perda de 191 mil postos de trabalho em toda a cadeia de valor associada à aviação.
Já quanto aos impactos nas companhias aéreas, de acordo com a Eurocontrol, a easyJet (com -67% de tráfego aéreo) foi a mais afetada na Europa, seguida pela Lufthansa (-65%), British Airways (-65%), Ryanair (-59%), SAS (-59%) e Air France (-57%).
Entre os aeroportos mais lesados foram os de Amesterdão, Paris CDG, Frankfurt, Londres Heathrow, Istambul, Madrid Barajas, Munique e Barcelona.