“Até às 08:00 de 11 de abril de 2022 (06:00 em Lisboa), um total de 183 crianças morreram e 342 ficaram feridas desde o início da invasão russa” à Ucrânia, escreveu Liudmyla Denisova numa mensagem publicada na rede social Facebook.
No entanto, como explicou a responsável, atualmente é impossível determinar o número real de menores que foram vítimas da guerra, uma vez que as tropas russas realizam ataques contínuos e ações hostis nas cidades ucranianas e a verdadeira realidade ainda não é conhecida.
Até agora, a maioria das vítimas foi registada em Donetsk (110), Kiev (98), Kharkiv (76), Chernigiv (54), Mykolaiv (40), Lugansk (35), Zaporijia (22) e Kherson (29).
Na capital ucraniana, até agora, 16 menores morreram, o mesmo que na região de Sumy, enquanto em Jitomir foram registados 15 óbitos.
A responsável dos Direitos Humanos do Parlamento ucraniano destacou ainda que em Vorzel, na região de Kiev, um rapaz de 15 anos foi encontrado morto com ferimentos de bala.
Em 14 de março, duas crianças de 12 e 14 anos também ficaram feridas no bombardeamento de Rozvazhiv, no distrito de Vyshhorod, e acabaram por morrer.
E em Borodyanka, na região de Kiev, onde as autoridades estão à procura de uma possível vala comum, uma família com um rapaz de cinco anos foi morta num bombardeamento. Os seus corpos foram encontrados nas últimas horas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.793 civis, incluindo 176 crianças, e feriu 2.439, entre os quais 336 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Lusa