O governador da região de Sumy, Dmytro Zhyvytsky, comunicou uma "fuga de amoníaco" nas instalações da empresa Sumykhimprom, que afectou uma área de 2,5 quilómetros à volta da fábrica de fertilizantes.
A dimensão e as causas do incidente ainda não foram apuradas, mas numa mensagem deixada na plataforma Telegram, Zhyvytsky apelou aos residentes para procurarem “abrigos, caves e pisos baixos” para evitarem a exposição.
O governador adiantou que equipas de emergência já se deslocaram ao local e a cidade vizinha de Sumykhum, com uma população de 250 mil habitantes antes do início da guerra, não está em perigo imediato, devido à direção dos ventos dominantes.
A central de Sumykhimprom produz diferentes tipos de fertilizantes químicos, de acordo com o portal da empresa.
Sumy, localizada a 350 quilómetros a leste de Kiev, tem sido palco de confrontos intensos há várias semanas.
O Governo russo tem vindo a intensificar as alegações de que a Ucrânia está a preparar-se para usar armas químicas e desenvolver um programa clandestino.
No domingo, o ministro da Defesa russo declarou que “os nacionalistas” tinham “minado” as instalações de armazenamento de amoníaco e cloro em Sumykhimprom, "com o objetivo de envenenar em massa os habitantes da região de Sumy, no caso de unidades das forças armadas russas entrarem na cidade".
Moscovo negou sempre ter ajudado a Síria na utilização de armas químicas em ataques à população durante a guerra no país. O governo russo também rejeitou ter utilizado substâncias químicas contra o opositor do Presidente Vladimir Putin, Alexei Navalny e contra o antigo agente russo Sergei Skripal e a filha Yulia, ambos envenenados.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 902 mortos e 1.459 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Lusa