Cerca de 200 militares e 25 guardas civis desde o início da manhã fizeram o registo dos venezuelanos que deixaram o seu país, que faz fronteira com o Brasil, e que estavam acampados na praça de Simon Bolivar, em Boa Vista, uma cidade com 330.000 habitantes, e uma das mais pobres capitais regionais brasileiras, noticia a Efe.
Os emigrantes foram levados num autocarro para o centro de abrigo Latife Salomão, inaugurado no passado 24 de abril, e para o de Santa Teresa, que tem capacidade para 500 pessoas e foi inaugurado hoje para receber os venezuelanos.
"Todos aqueles que estavam na praça Simon Bolívar serão recebidos nestas duas instalações temporárias porque têm capacidade suficiente para todas as pessoas, num total de 900 lugares disponíveis", disse o coronel Swami Fontes, citado pelo portal de notícias G1.
Na passada sexta-feira, as autoridades brasileiras transportaram de Boa Vista outros 233 venezuelanos, que decidiram tentar reconstruir a sua vida em São Paulo e Manaus, dois Estados que estão também a receber os emigrantes, com o fito de reduzir a concentração de venezuelanos na capital de Roraima.
Em Boa Vista existem muitos outros venezuelanos e cerca de 6.000 estão em situação de "vulnerabilidade", segundo as próprias autoridades brasileiras, noticia a agência espanhola.
Cerca de 4.000 estão nos centros de abrigo instalados pelo Governo, mas centenas de outros ainda dormem nas ruas de Boa Vista, esperando que novos locais de abrigo sejam abertos.
Funcionários estaduais estimam que nos últimos meses entraram no Estado de Roraima cerca de 40.000 venezuelanos e a intenção do Governo é distribui-los por outras regiões do Brasil para minimizar o impacto em Boa Vista.
LUSA