De acordo com as informações enviadas à Lusa, até sexta-feira foram apreendidas 20,20 toneladas de estupefacientes, ultrapassando, assim, em menos de três meses o total de droga apreendido pela Polícia Marítima e pela Marinha ao longo de 2022, ano no qual se apreendeu 16,52 toneladas de droga, com destaque para o haxixe e a cocaína.
A droga apreendida desde o início deste ano excede em quase quatro toneladas o total do ano anterior e representa quatro vezes mais do que a quantidade de estupefacientes que foram apreendidos em 2021, quando se registou a apreensão de apenas 5,14 toneladas.
Os registos da AMN apontam ainda para um recorde ao nível de pessoas detidas ou identificadas este ano, que ascendem a 31, quando em 2022 não foram além das seis pessoas detidas ou identificadas por suspeitas de tráfico de droga. Em 2021, reportou-se a detenção ou identificação de somente três pessoas.
O combate ao tráfico de droga tem sido visível também na apreensão de embarcações de alta velocidade, com a AMN a adiantar que foram já apreendidas 13 lanchas rápidas nos primeiros meses de 2023, quase tantas quanto as 15 que a Polícia Marítima (em colaboração com a Marinha) apreendeu durante 2022. O registo de 2023 quase triplica o número de embarcações de alta velocidade apreendidas em 2021: cinco.
A maioria das ações de combate ao tráfico de droga tem ocorrido a Sul do território continental, tendo os estupefacientes apreendidos sido posteriormente entregues à Polícia Judiciária (PJ), que é o órgão de polícia criminal com competência nesta área.
A AMN esclareceu ainda que o combate ao tráfico de droga tem mobilizado meios da Polícia Marítima e da Marinha, mas contando igualmente em algumas ocasiões com o apoio da Força Aérea e da PJ.