O "longo covid" refere-se ao quadro de sintomas que permanecem após a recuperação da infeção por covid-19, que inclui fadiga, falta de ar, dor no peito e distúrbios cognitivos como falta de memória e concentração.
Chris Whitty disse que embora esperasse que o número de mortes fosse "muito mais baixo" proporcionalmente, em comparação com as ondas anteriores, o "longo covid continua a ser uma preocupação".
“Uma vez que as os números de contágios estão a subir, isso significa que, futuramente, teremos uma quantidade significativa de covid longo, especialmente nas idades mais jovens, onde as taxas de vacinação são atualmente muito mais baixas”, disse o médico na conferência virtual da Associação de Governo Local, citado pela agência Bloomberg.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou na segunda-feira que pretende acabar com o distanciamento social a partir de 19 de julho, com uma decisão final a ser tomada na próxima semana.
Sobre este receio, o diretor-geral de saúde de Inglaterra defendeu que o Reino Unido deve fazer o possível para reduzir as taxas de coronavírus e garantir que todos sejam vacinados, a fim de evitar um grande aumento de "longo covid”.
O responsável médico advertiu que as pessoas não devem esperar um rápido retorno ao normal depois das restrições serem suspensas, acrescentando que ficaria "surpreendido" se a Grã-Bretanha voltasse ao a uma situação pré-covid já na próxima primavera.
C/Lusa