A ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, afirmou que a "deterioração política, económica e humanitária na Venezuela, com efeitos significativos em toda a América Latina" leva Camberra a considerar apoiar Juan Guaidó.
Já o porta-voz do Governo japonês, Yoshihide Suga, afirmou que a Venezuela deve "recuperar a democracia" rapidamente.
Juan Guaidó autoproclamou-se, na quarta-feira, Presidente interino da Venezuela, perante milhares de pessoas concentradas em Caracas.
Engenheiro mecânico, de 35 anos, Juan Guaidó tornou-se rapidamente o rosto da oposição venezuelana ao assumir, a 03 de janeiro, a presidência da Assembleia Nacional, única instituição à margem do regime vigente no país.
Os Estados Unidos, à Organização dos Estados Americanos (OEA) e a quase toda a América Latina que já reconheceram Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
México, Bolívia, Cuba, Rússia e Turquia mantêm-se ao lado de Nicolas Maduro, que consideraram ser o Presidente democraticamente eleito da Venezuela.
Por seu lado, a UE defendeu a legitimidade democrática do parlamento venezuelano, e sublinhou que “os direitos cívicos, a liberdade e a segurança de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo do seu Presidente, Juan Guaidó, devem ser plenamente respeitados”. Bruxelas instou também à “abertura imediata de um processo político que conduza a eleições livres e credíveis, em conformidade com a ordem constitucional”.
Na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, sublinhou o pleno respeito pela “vontade inequívoca” mostrada pelo povo da Venezuela e disse esperar que Nicolas Maduro “compreenda que o seu tempo acabou” e apelou à realização de “eleições livres”.
Nicolás Maduro iniciou a 10 de janeiro o segundo mandato de seis anos como Presidente da Venezuela, após uma vitória eleitoral cuja legitimidade não foi reconhecida nem pela oposição, nem pela maior parte da comunidade internacional.
A Venezuela enfrenta uma grave crise política e económica que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.
LUSA