Os resultados, ainda não revistos por cientistas independentes, juntam-se a dados recentes que concluíram que a vacina, administrada em duas doses e que diversos países, incluindo Portugal, não recomendam a pessoas com mais de 65 anos, por falta de eficácia comprovada nos ensaios clínicos, é eficaz nos idosos.
Investigadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, estudaram um grupo de doentes com mais de 80 anos hospitalizados em Inglaterra com doença respiratória (com ou sem covid-19).
O grupo foi separado em dois subgrupos: Um com doentes diagnosticados com covid-19 e outro com doentes com teste negativo para a covid-19.
A equipa de investigadores observou, ainda, quantos doentes tinham tomado a primeira dose da vacina Pfizer/BioNTech (que também é de dose dupla) e quantos receberam a primeira dose da AstraZeneca/Oxford.
Entre os 36 doentes diagnosticados com covid-19, nove (25%) receberam uma injeção da vacina AstraZeneca/Oxford pelo menos duas semanas antes da sua hospitalização.
Em contrapartida, entre os 90 doentes que testaram negativo à covid-19, 53 (58,9%) tomaram uma dose da mesma vacina em idênticas circunstâncias.
A diferença verificada leva os autores da análise a apontarem uma eficácia de 80,4% da vacina AstraZeneca/Oxford na redução das formas graves de covid-19.
C/Lusa